(3º ANO) O Movimento Feminista no Mundo e no Brasil.
O Movimento Feminista
no Mundo
Feminismo é o movimento social que defende a
igualdade de direitos e status entre homens e mulheres em todos os campos.
Feministas e acadêmicos dividiram a história do movimento em três
"ondas". A primeira onda se refere principalmente ao sufrágio feminino,
movimentos do século XIX e início do XX preocupados principalmente com o
direito da mulher ao voto. A segunda onda se refere às ideias e ações
associadas com os movimentos de liberação feminina iniciados na década de 1960,
que lutavam pela igualdade legal e social para as mulheres. A terceira onda
seria uma continuação - e, segundo alguns autores, uma reação às suas falhas -
da segunda onda, iniciada na década de 1990.
O Movimento Feminista tem seu
início na Revolução Francesa, o colapso na França que questionava o sistema
político encorajou mulheres a se manifestarem contra a sujeição a quem eram
submetidas das mais diversas modalidades: política, econômica, social,
familiar, educacional, jurídica, entre outras.
Nesse momento, a prioridade era a conquista civis através do direito a propriedade de si próprias, devido ao fato dos maridos se considerarem dono de suas mulheres e seus filhos, buscavam também o direito ao voto, surgindo assim, os movimentos como, o da Suffragette, elas começaram a participar ativamente da vida política francesa com diversos clubes de ativistas.
Nesse momento, a prioridade era a conquista civis através do direito a propriedade de si próprias, devido ao fato dos maridos se considerarem dono de suas mulheres e seus filhos, buscavam também o direito ao voto, surgindo assim, os movimentos como, o da Suffragette, elas começaram a participar ativamente da vida política francesa com diversos clubes de ativistas.
Em 1848 as mulheres já não eram donas
de casa, tinham seu emprego e participavam ativamente da renda familiar. As
dificuldades das condições trabalhistas desencadearam na associação de
movimentos feministas, com os movimentos de esquerda que estavam intimamente
ligados as classes operárias que agora reivindicavam além do voto, a igualdade
jurídica e a equiparação de salários. Nos Estados Unidos e no Reino Unido, o
movimento ganhou força por volta do século XIX, em Nova York surgiram as
convenções de mulheres na luta pelo abolicionismo.
Em 1792 no Reino Unido, Mary Wollstonecraft, publicou reinvindicações do direito das mulheres que buscava as mesma oportunidades políticas, educacionais e trabalhistas dos homens. Na mesma época foi criado por John Stuart Mill o comitê do sufrágio feminino (é uma forma de participação e demonstração de interesses dos indivíduos na vida pública, na sociedade política.) que teve seu projeto igualitário rejeitado pelo parlamento em 1866, umas delas sacrificou a vida numa das famosas corridas na Gran Bretanha, para chamar a atenção para a causa. No início do século XX, despontam as primeiras mudanças no mundo inteiro, a Revolução Russa de 1917 concede o direito de voto as mulheres na Finlândia 1906 , na Noruega 1913 e no Equador 1929, por volta de 1950 a lista compreendia mais de 100 nações.
Em 1792 no Reino Unido, Mary Wollstonecraft, publicou reinvindicações do direito das mulheres que buscava as mesma oportunidades políticas, educacionais e trabalhistas dos homens. Na mesma época foi criado por John Stuart Mill o comitê do sufrágio feminino (é uma forma de participação e demonstração de interesses dos indivíduos na vida pública, na sociedade política.) que teve seu projeto igualitário rejeitado pelo parlamento em 1866, umas delas sacrificou a vida numa das famosas corridas na Gran Bretanha, para chamar a atenção para a causa. No início do século XX, despontam as primeiras mudanças no mundo inteiro, a Revolução Russa de 1917 concede o direito de voto as mulheres na Finlândia 1906 , na Noruega 1913 e no Equador 1929, por volta de 1950 a lista compreendia mais de 100 nações.
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Uma das bandeiras do Movimento Feminista
|
Após a 2° Guerra Mundial, o
feminismo vem a tona pra reivindicar a liberdade feminina em relação ao seu
corpo e pensamento oprimidos por uma cultura extremamente masculina, entre elas
estavam a luta pelo aborto, igualdade salarial e o acesso a todos os cargos
ocupados exclusivamente por homens, foram várias as obras que influenciaram
esse momento das lutas femininas como: O segundo Sexo da Simoni Beauvoir e A
mulher eunuco da australiana Germaine Greer, a Mística Feminina da Betty
Friedan considerado o manifesto mais realista do movimento de libertação da
mulher, mundialmente conhecido como: Women’s Liberation.
Nos anos 60 aos anos 80, se baseia na questão da inferioridade feminina,
grandes intelectuais e lideres feministas buscam o fim da discriminação do
gênero que são contra a ideologia de que a mulher conquista sua felicidade em
cuidar dos filhos e do lar. Protesto como a queima de sutiãs são marcos da
busca da renovação da ideologia social deflagrada no momento.
Apesar das grandes conquista feminista terem se estabelecidos no mundo atual, ainda não se pode dizer que é uma conquista mundial, em alguns países a cultura machista impede quase que completamente a liberdade e a igualdade feminina.
Outro principal fator que influenciou o movimento feminista foi a Revolução Industrial, devido a sua mão- de-obra ser mais barata, do que as dos homens , o lucro dos patrões seriam maior, então começaram a mandar os homens para a guerra e as mulheres começaram a trabalhar em fábricas.
A partir dessa mudança as mulheres começaram a perceber que poderiam ter a sua liberdade, foi onde começaram os manifestos realizados por elas.
Em 8 de Março de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova York entraram em greve ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução do horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Esta operárias, que recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, se declarou um incêndio, e cerca de 130 mulheres morreram queimadas.
Apesar das grandes conquista feminista terem se estabelecidos no mundo atual, ainda não se pode dizer que é uma conquista mundial, em alguns países a cultura machista impede quase que completamente a liberdade e a igualdade feminina.
Outro principal fator que influenciou o movimento feminista foi a Revolução Industrial, devido a sua mão- de-obra ser mais barata, do que as dos homens , o lucro dos patrões seriam maior, então começaram a mandar os homens para a guerra e as mulheres começaram a trabalhar em fábricas.
A partir dessa mudança as mulheres começaram a perceber que poderiam ter a sua liberdade, foi onde começaram os manifestos realizados por elas.
Em 8 de Março de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova York entraram em greve ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução do horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Esta operárias, que recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, se declarou um incêndio, e cerca de 130 mulheres morreram queimadas.
Em 1910, numa Conferência Internacional de
Mulheres, realizada na Dinamarca, foi decidido em homenagem àquelas mulheres,
comemorar o dia 8 de Março, como dia Internacional da Mulher.
Segundo a Organização das Nações Unidas (Onu), os 12 direitos das mulheres são:
Segundo a Organização das Nações Unidas (Onu), os 12 direitos das mulheres são:
*Direito a vida;
*Direito a liberdade
e a segurança social;
*Direito a igualdade
e a estar livre de todas as formas de discriminação;
*Direito a liberdade
de pensamento;
*Direito a
informação e a educação;
*Direito a
privacidade;
*Direito à saúde e
proteção desta;
*Direito a
constituir e planejar a sua família;
*Direito a decidir
ter ou não ter filhos quando tê-los;
*Direito aos
benefícios do progresso cientifico;
*Direito a liberdade de reunião e participação política;
*Direito a não ser submetidas a torturas e maltrato.
*Direito a liberdade de reunião e participação política;
*Direito a não ser submetidas a torturas e maltrato.
O FEMINISMO NO
BRASIL
Ao falar sobre o feminismo no
Brasil, devemos inicialmente falar sobre a situação da mulher em nossa
sociedade. Durante vários séculos, as mulheres estiveram relegadas ao ambiente
doméstico e subalternas ao poder das figuras do pai e do marido. Quando
chegavam a se expor ao público, o faziam acompanhadas e geralmente se dirigiam
para o interior das igrejas. A limitação do ir e do vir era a mais clara
manifestação do lugar ocupado pelo feminino.
A transformação desse papel recluso passou a experimentar suas primeiras transformações no século XIX, quando o governo imperial reconheceu a necessidade de educação da população feminina. No final desse mesmo período, algumas publicações abordavam essa relação entre a mulher e a educação, mas sem pensar em um projeto amplo a todas as mulheres. O conhecimento não passava de instrumento de reconhecimento das mulheres provenientes das classes mais abastadas.
Chegando até essa época, as aspirações pelo saber existiam, mas não possuíam o interesse de subverter ou questionar a ordem imposta pelo mundo dos homens. No século XX, os papéis desempenhados pela mulher se ampliaram quando algumas destas se inseriram em uma sociedade industrial, onde assumiram uma gama diversa de postos de trabalho. Apesar disso, a esfera da mulher ligada ao lar continuava a ter sua força hegemônica.
Aqui tínhamos uma diversificação dos feminismos que iam da tendência bem comportada até o feminismo mais incisivo. Nesse quadro, observamos a mobilização de mulheres que exigiam o seu direito à cidadania sem questionar os outros papéis subalternos assumidos pelas mesmas. Na outra extremidade, vemos mulheres que reivindicam sua ampliação na vida pública, a defesa irrestrita do movimento dos trabalhadores e a consolidação dos princípios de lutas comunistas.
Entre as décadas de 1930 e 1960, as manifestações feministas oscilavam mediante as mudanças desenvolvidas no cenário político nacional. Em 1934, o voto feminino fora reconhecido pelo governo de Getúlio Vargas. Já em 1937, os ideais corporativistas do Estado Novo impediram a expressão de movimentos de luta e contestação de homens e mulheres. Nos anos de 1950, a redemocratização permitira a flexibilização da exigência que condicionava o trabalho feminino à autorização marital.
A revolução dos costumes engendrada na década de 1960 abriu caminho para que o feminismo se tornasse um movimento de maior força e combatividade. Mesmo sob o contexto da ditadura, as mulheres passaram a se organizar para questionarem mais profundamente seu papel assumido na sociedade. A problemática dos padrões de comportamento passou a andar de mãos dadas com os ideias de esquerda que inspiravam várias participantes desse momento.
Vale aqui ressaltar que a luta pela equidade entre os gêneros acabou criando dilemas significativos em relação à mulher feminista. Lutar pelos direitos da mulher, em muitos momentos, parecia ser a demonstração que a mulher poderia simplesmente assumir os mesmos lugares e comportamentos antes privados ao mundo masculino. Dessa forma, a subjetividade feminina era deixada de lado para favorecer um ideal de que a “verdadeira feminista” deveria ser combativa e, ao mesmo tempo, embrutecida.
Quando atingimos o processo de redemocratização do país, observamos que o feminismo passou por uma reorganização contrária a uma tendência unificadora. Uma espécie de “feminismo temático” apareceu em instituições que tratavam de demandas específicas da mulher. Em certo sentido, o feminismo tomava para si não só a participação na esfera política, mas também se desdobrava no debate de questões e problemas de ordem mais concreta e imediata.
Dessa forma, chegamos à atualidade vendo que a ação feminista não mais se comporta apenas na formação de movimentos organizados. Sendo assim, a intenção de se pensar sobre as necessidades da mulher não mais atravessa a dificuldade de se criar um projeto amplo e universalista. Entre as grandes e pequenas demandas, as mulheres observam que a conquista de sua emancipação abre portas para a compreensão e a resolução de outros novos desafios.
A transformação desse papel recluso passou a experimentar suas primeiras transformações no século XIX, quando o governo imperial reconheceu a necessidade de educação da população feminina. No final desse mesmo período, algumas publicações abordavam essa relação entre a mulher e a educação, mas sem pensar em um projeto amplo a todas as mulheres. O conhecimento não passava de instrumento de reconhecimento das mulheres provenientes das classes mais abastadas.
Chegando até essa época, as aspirações pelo saber existiam, mas não possuíam o interesse de subverter ou questionar a ordem imposta pelo mundo dos homens. No século XX, os papéis desempenhados pela mulher se ampliaram quando algumas destas se inseriram em uma sociedade industrial, onde assumiram uma gama diversa de postos de trabalho. Apesar disso, a esfera da mulher ligada ao lar continuava a ter sua força hegemônica.
Aqui tínhamos uma diversificação dos feminismos que iam da tendência bem comportada até o feminismo mais incisivo. Nesse quadro, observamos a mobilização de mulheres que exigiam o seu direito à cidadania sem questionar os outros papéis subalternos assumidos pelas mesmas. Na outra extremidade, vemos mulheres que reivindicam sua ampliação na vida pública, a defesa irrestrita do movimento dos trabalhadores e a consolidação dos princípios de lutas comunistas.
Entre as décadas de 1930 e 1960, as manifestações feministas oscilavam mediante as mudanças desenvolvidas no cenário político nacional. Em 1934, o voto feminino fora reconhecido pelo governo de Getúlio Vargas. Já em 1937, os ideais corporativistas do Estado Novo impediram a expressão de movimentos de luta e contestação de homens e mulheres. Nos anos de 1950, a redemocratização permitira a flexibilização da exigência que condicionava o trabalho feminino à autorização marital.
A revolução dos costumes engendrada na década de 1960 abriu caminho para que o feminismo se tornasse um movimento de maior força e combatividade. Mesmo sob o contexto da ditadura, as mulheres passaram a se organizar para questionarem mais profundamente seu papel assumido na sociedade. A problemática dos padrões de comportamento passou a andar de mãos dadas com os ideias de esquerda que inspiravam várias participantes desse momento.
Vale aqui ressaltar que a luta pela equidade entre os gêneros acabou criando dilemas significativos em relação à mulher feminista. Lutar pelos direitos da mulher, em muitos momentos, parecia ser a demonstração que a mulher poderia simplesmente assumir os mesmos lugares e comportamentos antes privados ao mundo masculino. Dessa forma, a subjetividade feminina era deixada de lado para favorecer um ideal de que a “verdadeira feminista” deveria ser combativa e, ao mesmo tempo, embrutecida.
Quando atingimos o processo de redemocratização do país, observamos que o feminismo passou por uma reorganização contrária a uma tendência unificadora. Uma espécie de “feminismo temático” apareceu em instituições que tratavam de demandas específicas da mulher. Em certo sentido, o feminismo tomava para si não só a participação na esfera política, mas também se desdobrava no debate de questões e problemas de ordem mais concreta e imediata.
Dessa forma, chegamos à atualidade vendo que a ação feminista não mais se comporta apenas na formação de movimentos organizados. Sendo assim, a intenção de se pensar sobre as necessidades da mulher não mais atravessa a dificuldade de se criar um projeto amplo e universalista. Entre as grandes e pequenas demandas, as mulheres observam que a conquista de sua emancipação abre portas para a compreensão e a resolução de outros novos desafios.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola
Graduado em História
Equipe Brasil Escola
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