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Mostrando postagens de 2012

O “complexo Deus” da modernidade

O “complexo Deus” da modernidade 11/07/2011 A crise atual não é apenas de escassez crescente de recursos e de serviços naturais. É fundamentalmente a crise de um tipo de civilização que colocou o ser humano como “senhor e dono” da natureza (Descartes). Esta, para ele, é sem espírito e sem propósito e por isso pode fazer com ela o que quiser. Segundo o fundador do paradigma moderno da tecnociência, Francis Bacon, cabe ao ser humano torturá-la, como o fazem os esbirros da Inquisição, até que ela entregue todos os seus segredos. Desta atitude se derivou uma relação de agressão e de verdadeira guerra contra a natureza selvagem que devia ser dominada e “civilizada”. Surgiu também a projeção arrogante do ser humano como o “Deus” que tudo domina e organiza. Devemos reconhecer que o Cristianismo ajudou a legitimar e a reforçar esta compreensão. O Gênesis diz claramente:”enchei a Terra e sujeitai-a e dominai sobre tudo o que vive e se move sobre ela”(1,28). Depois se afirma q

31 de OUTUBRO - DIA DA REFORMA PROTESTANTE

No dia 31 de outubro de 1517, Martinho Lutero afixou suas 95 Teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, Alemanha. Nelas, condenava os abusos do sistema das indulgências e desafiava a todos para um debate sobre o assunto. Essa foi a culminância de um processo longo e doloroso, de muitos séculos, até Deus levantar aquele monge agostiniano para a obra da Reforma Protestante. Lutero, nascido no dia 10 de novembro de 1483, em Eisleben, foi preparado por seu pai para estudar Direito. Porém, em julho de 1505, apanhado na estrada por uma pavorosa tempestade, quando viajava para a cidade de Erfurt, Lutero prometeu a Santa Ana que, caso sobrevivesse à fúria dos elementos, tornar-se-ia monge. Três semanas depois, entrava para o mosteiro da Ordem de Santo Agostinho, em Erfurt. Em 1507 foi ordenado e celebrou sua primeira missa - completamente atônito e perplexo diante da presença terrível do Deus Altíssimo. Aquela missa foi uma experiência excruciante para Lutero, atormentado diante

Violência no Brasil, outro olhar (2º ano)

A violência se manifesta por meio da tirania, da opressão e do abuso da força. Ocorre do constrangimento exercido sobre alguma pessoa para obrigá-la a fazer ou deixar de fazer um ato qualquer. Existem diversas formas de violência, tais como as guerras, conflitos étnico-religiosos e banditismo. A violência, em seus mais variados contornos, é um fenômeno histórico na constituição da sociedade brasileira. A escravidão (primeiro com os índios e depois, e especialmente, com a mão de obra africana), a colonização mercantilista, o coronelismo, as oligarquias antes e depois da independência, somados a um Estado caracterizado pelo autoritarismo burocrático, contribuíram enormemente para o aumento da violência que atravessa a história do Brasil. Diversos fatores colaboram para aumentar a violência, tais como a urbanização acelerada, que traz um grande fluxo de pessoas para as áreas urbanas e assim contribui para um crescimento desordenado e desorganizado das cidades. Colaboram também para o

FORDISMO

O que é  Fordismo é um sistema de produção, criado pelo empresário norte-americano Henry Ford, cuja principal característica é a fabricação em massa. Henry Ford criou este sistema em 1914 para sua indústria de automóveis, projetando um sistema baseado numa linha de montagem. Objetivo do sistema O objetivo principal deste sistema era reduzir ao máximo os custos de produção e assim baratear o produto, podendo vender para o maior número possível de consumidores. Desta forma, dentro deste sistema de produção, uma esteira rolante conduzia a produto, no caso da Ford os automóveis, e cada funcionário executava uma pequena etapa. Logo, os funcionários não precisavam sair do seu local de trabalho, resultando numa maior velocidade de produção. Também não era necessária utilização de mão-de-obra muito capacitada, pois cada trabalhador executava apenas uma pequena tarefa dentro de sua etapa de produção. O fordismo foi o sistema de produção que mais se desenvolveu no século XX, sendo responsá

Taylorismo

Taylorismo   é uma concepção de produção, baseada em um método científico de organização do  trabalho , desenvolvida pelo engenheiro americano Frederick W. Taylor (1856-1915). Em 1911, Taylor publicou “Os princípios da administração”, obra na qual expôs seu método. A partir dessa concepção, o Taylorismo, o trabalho industrial foi fragmentado, pois cada  trabalhador  passou a exercer uma atividade específica no sistema industrial. A organização foi hierarquizada e sistematizada, e o tempo de produção passou a ser cronometrado. Algumas caracteristicas do Taylorismo: - Racionalização da produção. -  Economia  de mão-de-obra. - Aumento da produtividade no trabalho. - Corte de “gestos desnecessários de energia” e de “comportamentos supérfluos” por parte do trabalhador. - Acabar com qualquer desperdício de tempo. Desde então, e cada vez mais, tempo é uma mercadoria, e o trabalhador, que ” vende ” sua mão-de-obra, portanto, seu tempo, tem a incumbência de cumprir com suas tarefas no

CARACTERISTICAS: "FORDISMO", "TAYLORISMO" E "TOYOTISMO"

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1. (Uel) Em relação à Segunda Revolução Industrial (a partir de 1860) pode-se afirmar que a forma de produção em série (fordismo e taylorismo) propiciou a) o surgimento de grandes indústrias e a geração de grandes concentrações econômicas que culminaram nos "holdings", trustes e cartéis. b) a mecanização do setor metalúrgico, impulsionando a produção automotiva e a modernização e expansão dos transportes. c) o desaparecimento dos pequenos proprietários rurais e a integração do trabalho do campo ao sistema capitalista desenvolvido. d) a implantação definitiva das relações capitalistas ao desviar a acumulação de capitais da atividade comercial para o setor de produção. e) o aparecimento de associações de operários em organizações trabalhistas com o fim de promover a destruição das máquinas. 2. (UFU) A divisão do trabalho e a mecanização complementam-se e reforçam-se mutuamente. (...) somente com a introdução da maquinaria, com seu ritmo constante, é possív

SINAL DE VIDA - Fernando Henrique Cardoso

Tenho dito e escrito que o Brasil construiu o arcabouço da democracia, mas falta dar-lhe conteúdo. A arquitetura é vistosa: independência entre os poderes, eleições regulares, alternância no poder, liberdade de imprensa e assim por diante. Falta, entretanto, o essencial: a alma democrática. A pedra fundamental da cultura democrática, que é a crença e a efetividade de todos sermos iguais perante a lei, ainda está por se completar. Falta-nos o sentimento igualitário que dá fundamento moral à democracia. Esta não transforma de imediato os mais pobres em menos pobres. Mas deve assegurar a todos oportunidades básicas (educação, saúde, emprego) para que possam se beneficiar de melhores condições de vida. Nada de novo sob o sol, mas convém reafirmar. Dizendo de outra maneira, há um déficit de cidadania entre nós. Nem as pessoas exigem seus direitos e cumprem suas obrigações, nem as instituições têm força para transformar em ato o que é princípio abstrato. Ainda recentemente um ex-presiden

BORIS FAUSTO - BRASIL COLÔNIA

http://www.youtube.com/watch?v=KMvjqKgPHa4

MANUFATURA

A indústria moderna surgiu com a Revolução Industrial, que se iniciou na segunda metade do século XVIII, estendendo-se pelo século XIX. Entre o artesanato e a indústria moderna existiu um estágio intermediário: a manufatura, que predominou na Europa nos séculos XVI, XVII e XVIII.   A manufatura caracteriza-se pelo uso de máquinas simples (teares manuais, por exemplo) e pela divisão social do trabalho: cada trabalhador ou grupo de trabalhadores fica responsável por uma tarefa. É o conjunto de tarefas de todos os trabalhadores ou grupos que permite obter o produto final. Apesar disso, ainda é a habilidade das pessoas que comanda o processo de trabalho, e não as máquinas. Geografia Crítica / O espaço social e o espaço brasileiro / editora ática http://www.urbanocultural.com.br/geografia/geografia-humana/330-a-manufatura.html