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Mostrando postagens de maio, 2014

(2º ano) ETNOCENTRISMO E RELATIVISMO CULTURAL

O fato de que o homem vê o mundo através de sua cultura tem como consequência pretensão em considerar o seu modo de vida como o mais correto e o mais natural. Tal tendência, denominada etnocentrismo é responsável em seus casos extremos pela ocorrência de numerosos conflitos sociais. O etnocentrismo de fato é um conceito universal. É comum a crença de que a própria sociedade é o centro da humanidade ou mesmo a sua única expressão. O ponto fundamental de referência não é a humanidade, mas o grupo. O costume de discriminar os que são diferentes porque pertencem a outro grupo pode ser encontrado mesmo dentro de uma sociedade. Comportamentos etnocêntricos resultam também em apreciações negativas dos padrões culturais de povos diferentes. Práticas de outros sistemas culturais são catalogadas como absurdos deprimentes e imorais. Podemos entender o fato de que os indivíduos de culturas diferentes podem ser facilmente identificados por uma série de características tais como o mo

(2º ano) O CONSUMO E O CONSUMISMO

O consumismo é uma compulsão que leva o indivíduo a comprar de forma ilimitada e sem necessidade bens, mercadorias e/ou serviços. Ele se deixa influenciar excessivamente pela mídia, o que é comum em um sistema dominado pelas preocupações de ordem material, na qual os apelos do capitalismo calam fundo na mente humana. Não é à toa que o universo contemporâneo no qual habitamos é conhecido como “sociedade de consumo”. Depois da  Revolução Industrial , que possibilitou o aumento da escala de produção e incrementou o volume de mercadorias em circulação, o mundo se modificou profundamente. Com a  industrialização  veio o  desenvolvimento econômico  nos moldes do liberalismo e o consumismo alienado, ou seja, é como se as mercadorias fossem entidades abstratas e autônomas, independentes dos esforços humanos. Porque agora o homem não consome mais, como outrora, os produtos que ele mesmo elabora. Ele se encontra apartado dos frutos de seu próprio trabalho. O consumista não age como o cons

(3º ano) Movimentos sociais: breve definição

Em linhas gerais, o conceito de movimento social se refere à ação coletiva de um grupo organizado que objetiva alcançar mudanças sociais por meio do embate político, conforme seus valores e ideologias dentro de uma determinada sociedade e de um contexto específicos, permeados por tensões sociais. Podem objetivar a mudança, a transição ou mesmo a revolução de uma realidade hostil a certo grupo ou classe social. Seja a luta por um algum ideal, seja pelo questionamento de uma determinada realidade que se caracterize como algo impeditivo da realização dos anseios deste movimento, este último constrói uma identidade para a luta e defesa de seus interesses. Torna-se porta-voz de um grupo de pessoas que se encontra numa mesma situação, seja social, econômica, política, religiosa, entre outras. Gianfranco Pasquino em sua contribuição ao  Dicionário de Política  (2004) organizado por ele e por Norberto Bobbio e Nicolau Mateucci, afirma que os movimentos sociais constituem tentativas –

(1º ANO) [Sociologia] Goffman e a Representação do Eu na vida cotidiana

[Sociologia] Goffman e a Representação do Eu na vida cotidiana Erving Goffman  (Mannville, Alberta, 11 de Junho de 1922 – Filadélfia, 19 de Novembro de 1982) foi um cientista social e escritor canadense. Estudou nas universidades de  Toronto  (B.A. em 1945) e de  Chicago  (M.A. em 1949, Ph.D. em 1953). Na Universidade de Chicago, estudou Sociologia e Antropologia Social. Em 1958, passou a integrar o corpo docente da Universidade da Califórnia em Berkeley, tendo sido promovido a Professor Titular em 1962. Ingressou na Universidade da Pensilvânia em 1968, onde foi professor de Antropologia e Sociologia. Em 1977, obteve a Guggenheim Fellowship  (Bolsas para aqueles "que têm demonstrado capacidade excepcional para a bolsa produtivo ou excepcional habilidade criativa nas artes."). Foi presidente da Sociedade Americana de Sociologia, em 1981-1982. Efetuou pesquisas na linha da sociologia interpretativa e cultural, iniciada por  Max Weber . Erving Goffman em  "A Repr

(3º ANO) O Movimento Feminista no Mundo e no Brasil.

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O Movimento Feminista no Mundo  Feminismo é o movimento social que defende a igualdade de direitos e status entre homens e mulheres em todos os campos. Feministas e acadêmicos dividiram a história do movimento em três "ondas". A primeira onda se refere principalmente ao sufrágio feminino, movimentos do século XIX e início do XX preocupados principalmente com o direito da mulher ao voto. A segunda onda se refere às ideias e ações associadas com os movimentos de liberação feminina iniciados na década de 1960, que lutavam pela igualdade legal e social para as mulheres. A terceira onda seria uma continuação - e, segundo alguns autores, uma reação às suas falhas - da segunda onda, iniciada na década de 1990.       O Movimento Feminista tem seu início na Revolução Francesa, o colapso na França que questionava o sistema político encorajou mulheres a se manifestarem contra a sujeição a quem eram submetidas das mais diversas modalidades: política, econômica, social, familia